quinta-feira, 15 de novembro de 2012

projeto para trabalhar com séries iniciais

Trabalhei este projetinho na minha turma de primeiro ano e foi um sucesso. As crianças amaram. O interessante é que pode usar em várias séries desde que mudem os números. A atividade envolve português e matemática.


Problematização textualizada


(Em cada item solicitar ilustração, porque é por meio dela que compreendemos o raciocínio da criança para chegar a resolução da questão e, então, pode-se compor um livrinho. Ao final do projeto dá para fazer uma dramatização.
Quanto ao título do texto, em minha sala fizemos votação para a escolha.)

Em uma longínqua terra vivia uma corajosa princesa que queria salvar seu país de um terrível dragão, que destruiu 7 celeiros e colocou fogo em 9 casas. Quantas propriedades ele destruiu?
Resposta: 
O poder do dragão vinha de seus 13 dentes mágicos. Para salvar seu país, a princesa teria que retirar pelo menos 4 dentes mágicos do dragão, que não teria mais como fazer o mal. Com quantos dentes ele ficaria?
Resposta:
A princesa fez um plano: ela ordenou que seus doceiros reais preparassem os mais gostosos doces da cidade. Pegou uma sacola e colocou 9 doces e deixou na mão direita, outra sacola com mais 9 doces e colocou na mão esquerda. Quantos doces ela tinha nas duas mãos?
Resposta:
( Escreva um bilhete da princesa para o doceiro, ordenando-lhe que prepare os doces)
 Ela saiu a procura do dragão. Quando o achou, ele estava dentro de uma caverna e ela começou a alimentá-lo. O dragão comeu 5 imediatamente, e depois mais 6. E então ele comeu mais 4. Quantos ele comeu no total?
Resposta:
(Faça uma lista com os possíveis doces que o dragão pode ter comido)
Logo o dragão ficou com uma enorme dor de dente. A princesa disse: “ Acalme-se, eu sou dentista!” Ela escalou a boca do dragão e começou a puxar os dentes. A princesa puxou 8 dos 13 dentes do dragão. Com quantos dentes ele está agora?
Resposta:
Mas o dragão continuou a urrar muito bravo e ela saiu correndo e foi perguntar para o Mago o que ele achava que poderia ter ocorrido. O tal Mago morava em cima de uma enorme montanha encantada e as pessoas só podiam chegar lá dando pulinhos. Com muita determinação em salvar seu país do terrível dragão, a princesinha saiu pulando na estradinha que dava 7 voltas na montanha, como para cada volta ela teria que dar 5 pulinhos, quantos pulinhos ela deu até chegar lá no alto?
Resposta:
O Mago disse pra ela o seguinte: “ Os verdadeiros poderes mágicos do dragão estão nos dentes caninos.” Quantas palavras o mago falou para a princesa?
Resposta:
Ela entendeu a mensagem, voltou correndo para o palácio e ordenou ao cozinheiro real que fizesse o doce mais duro que ele conhecesse. O cozinheiro fez então: 4 tachos de rapadura com 2kg cada. Quantos quilos de rapadura foram feitos?
Resposta:
( Que doce podemos fazer utilizando rapadura? Que tal produzirmos uma receita de pé de moleque? – Ao término da receita fazer pé de moleque com a turma com ajuda das auxiliares de cozinha)
Ela deixou os 4 tachos na porta da caverna onde o dragão urrava desesperadamente. Quando ele sentiu o cheiro de doces veio correndo e comeu um quilo para experimentar. Quantos quilos sobraram?
Resposta:
(Os doces ficaram prontos. Vamos fazer uma propaganda para que possamos vendê-lo?- Brincar de comercial de televisão após a produção da propaganda escrita e trabalhar oralmente as características de uma e de outra)
Como ele gostou muito voltou e comeu tudo que podia aguentar: 5 quilos! Quantos quilos sobraram desta vez?
Resposta:
Aí começou a dor de dente de novo e ele começou a urrar e a chamar pela princesa-dentista. Ela arrancou os 2 caninos e o dragão perdeu seus poderes mágicos. Com quantos dentes ele acabou ficando?
Resposta:
Sem seus poderes ele ficou muito bonzinho, tão bonzinho que a princesa resolveu convidá-lo para ir morar no castelo. Ele concordou em ir morar lá em paz, mas o dragão era tão grande e tão espaçoso que ocupou metade dos 48 quartos do castelo. Quantos quartos ele ocupou?
Resposta:
( Faça um convite da princesa para o dragão, convidando-o para morar no castelo)
E agora todo dia ele come seis doces de manhã e quatro de tarde, sete dias por semana. Quantos doces ele come por semana?
Resposta:
Isso para não falar de seu café da manhã que são 3 barris de leite, cada barril com 3 litros. Quantos litros de leite ele toma?
Resposta:
E também 12 pacotes de bolacha, cada pacote contém 9 bolachas, quantas bolachas ele come?
Resposta:
Come também 3 maçãs e 4 torradas. E finalmente ele está pronto para o melhor: 5 cajuzinhos, 6 bolachas de coco, 7 bombons, 8 tortas de chocolate, 9 bolos de andares. Com tudo isso ele vive bem calminho no castelo e todo o povoado diz:
_Viva a princesinha que conseguiu reduzir o mal humor do dragão a ZERO!!!!
( Para dormir sossegado, a princesinha canta-lhe um acalanto. Você conhece algum? Vamos cantar? )

Logo eu postarei as imagens deste projeto que foi realizado com a minha turminha.
Imagens do dia em que trabalhamos a receita:






 Meus aluninhos fizeram propaganda oralmente- venda de rapadura... eles criaram até jingles...





Foi muito divertido e tranquilo... alguns foram até mais de uma vez...

quarta-feira, 25 de abril de 2012


Este conto africano é muito bom para ser trabalhado com pré adolescentes e até mesmo adulto. Contei no pró - letramento, as professoras aprovaram.

O homem sem sorte

Era uma vez um homem que se achava o mais sem sorte do mundo e, num sonho, viu que a única solução era procurar o Criador no fim do mundo. Saiu, então, correndo à procura do Criador.

Ao passar pela floresta, ouviu o grunhido de um lobo doente e enfraquecido, que estava caído e lhe pedia ajuda.
- Agora não posso, pois tenho uma longa jornada até o fim do mundo, aonde vou me encontrar com o Criador - respondeu o homem apressadamente.

 O pobre lobo pediu então que ele falasse com o Criador e lhe pedisse a sua cura. O homem se comprometeu e continuando a correr, tropeçou na raiz exposta de uma grande e velha árvore, já quase sem folhas, que lhe disse:
- Meu nobre senhor, me ajude, estou morrendo, enfraquecida. Por favor, jogue um pouco de terra sobre minhas raízes expostas!

O homem respondeu:
- Infelizmente agora, não posso, pois estou indo encontrar o Criador que fica no fim do mundo.
- Peça, então, ao Criador por mim. Diga-lhe como estou e como posso me curar desse sofrimento.

O homem virou as costas e depois de muito correr, chegou a um vale muito florido, com flores de todas as cores e perfumes. Mas ele não reparou. Chegou até uma casa e na frente da casa estava uma jovem muito bonita que o convidou a entrar.

Eles conversaram longamente e de repente se levantou dizendo que não podia perder tempo e quando já estava saindo ela lhe pediu um favor:
- Você que vai procurar o Criador, podia perguntar uma coisa para mim? É que de vez em quando sinto um vazio no peito, que não tem motivo nem explicação. Gostaria de saber o que é e o que posso fazer por isto.

O homem prometeu que perguntaria e, depois de muito caminhar, chegou finalmente ao fim do mundo. Sentou-se e ficou esperando até que ouviu a voz do Criador chamando-o.

O homem falou-lhe então sobre a sua triste vida e sua imensa falta de sorte e o Criador lhe disse:
- Sua sorte está há muito tempo no mundo. Basta ficar atento que você vai encontrá-la.

Quando já estava indo embora, o Criador lhe perguntou:
- Você não tem que levar uma resposta para uma árvore, para um lobo e para uma jovem?
- Tem razão, Senhor.

Depois de escutar o que o Criador tinha para lhe dizer, correu mais rápido que o vento até que chegou à casa da jovem que, ao vê-lo passar, chamou:
- Ei! Você conseguiu encontrar o Criador?
- Sim! Claro! O Criador disse que minha sorte está há muito tempo no mundo. Só preciso ficar atento!
- E quanto a mim, você teve a chance de fazer a minha pergunta?
- Ah! O Criador disse que, o que você sente, é solidão. Assim que encontrar um companheiro vai ser completamente feliz, e mais feliz ainda vai ser o seu companheiro.

A jovem então abriu um sorriso e perguntou ao homem se ele queria ser este companheiro.
- Claro que não. Já trouxe a sua resposta. Não posso ficar aqui perdendo tempo com você, pois tenho que encontrar minha sorte. Adeus!

 Virando as costas, correu até a floresta onde estava a árvore. Ela perguntou se trazia a resposta do Criador, e o homem respondeu:
- Tenho muita pressa e vou ser breve, pois estou indo em busca de minha sorte. O Criador disse que você tem embaixo de suas raízes uma caixa de ferro cheia de moedas de ouro. O ferro desta caixa está corroendo suas raízes. Se você cavar e tirar este tesouro daí, vai terminar todo o seu sofrimento e você poderá virar uma árvore saudável novamente.
- Por favor! Faça isso por mim! Você pode ficar com o tesouro. Ele não serve para mim. Eu só quero de novo minha força e energia.

O homem respondeu furioso:
- Já lhe trouxe a resposta. Agora resolva o seu problema. Preciso procurar a minha sorte e eu não posso perder tempo aqui conversando com você, muito menos sujando minhas mãos na terra.

 Virando as costas, atravessou a floresta mais rápido do que antes, e chegou aonde estava o lobo, mais magro ainda e mais fraco. O homem falou-lhe apressadamente:
 - O Criador mandou lhe falar que você não está doente. O que você tem é fome. Está morrendo  de inanição, e como não tem mais forças para sair e caçar, vai morrer aí mesmo. A não ser que passe por aqui uma criatura bastante estúpida, e você consiga devorá-la.

Nesse momento, os olhos do lobo se encheram de um brilho estranho e, reunindo o restante de suas forças, deu um salto e devorou o homem 'sem sorte'.

Um outro dia, um novo conto:

LUCUM-A-LA-PISTACHE


 


Num tempo em que não é o nosso, num lugar que não é o nosso, havia um rei que era admirado por seus súditos por causa da sua justiça.
O rei tinha vários serviçais, mas um para ele era muito especial, era o grão-vizir uma espécie de braço direito do rei, que não fazia nada sem tomar sua opinião e ouvir seus conselhos.
Certo dia o grão-vizir estava nos fundos do palácio sentado a beira de um poço se refrescando quando seu anel de ouro maciço caiu dentro do poço, sem que ele acreditasse o anel boiou e ele pôde recuperá-lo. Na mesma hora foi para sua casa e deu ordem a sua mulher para que fugisse com todos os seus pertences e filhos para o reino vizinho, onde seu irmão era o rei. Sua mulher quis saber a razão e ele lhe disse que pressentia que algo ruim ia lhe acontecer.
De fato aconteceu no dia seguinte, os guardas do rei vieram e prenderam o grão-vizir. Chegando ao palácio ele foi acusado de traidor, o rei não quis ouvi-lo e ordenou que o colocassem na terceira cela da terceira masmorra, a mais fria, úmida e escura do palácio, e lá ele foi esquecido por muitos anos.
Ele sentia muita saudade de sua família, mas a saudade maior era mesmo do lucum-a-Ia-pistache, uma torta maravilhosa feita com um açúcar muito fino que derretia na boca, ele sonhava com ela e resolveu pedir para o carcereiro que trouxesse um pedaço escondido, mas o carcereiro não lhe dava ouvidos. Até que um dia, por insistência do grão-vizir o carcereiro decidiu lhe comprar uma torta inteira e entrou com ela escondida. Quando grão-vizir viu aquilo quase morreu de tanta felicidade, colocou a torta num canto da cela, até comer sua comida, pois não poderia deixa-Ia para que ninguém desconfiasse do carcereiro.
Enquanto comia, um rato atravessou a sala e pulou em cima da torta, mais que isso fez xixi em cima dela. O grão-vizir neste momento chamou o carcereiro e pediu que ele fosse até sua mulher dizer a ela que voltasse para casa com seus filhos e seus pertences. O carcereiro não entendeu, mas por pena atendeu o seu pedido.
Dois dias depois o rei mandou que soltassem O grão-vizir, pediu-Ihe perdão e disse que foi vítima de uma mentira e sabotagem, ele foi promovido e o rei voltou a confiar nele.
Sua mulher ficou muito impressionada e quis saber como ele previu todos os acontecimentos. Ele lhe disse que bastava observar as coisas ao seu redor, quando o anel caiu no poço e boiou, ele estava nas graças do rei então imaginou que algo ruim lhe aconteceria, e quando estava preso sonhando com o lucum-a-Ia-pistache, ganhou e o rato fez xixi em cima, ele estava na pior, então sabia que algo bom deveria acontecer. Ora é só saber observar o que acontece ao nosso redor.
Histórias populares -autor desconhecido .

sábado, 31 de março de 2012

Lembrancinhas do pro letramento 2012

Não consigo entrar para a reunião do proletramento sem levar um mimo para minhas cursistas rsrs... Depois de um dia de serviço intenso, uma reunião... não é nada prazeroso, então se for chata e cansativa a situação só piora. Acho que tudo o que fazemos com carinho torna-se mais ameno e gostoso.
Apresentei primeiramente esta mensagem:

                                      FLOQUINHOS DE CARINHO
Havia uma aldeia onde o dinheiro não entrava.
Tudo o que as pessoas compravam, tudo o que era cultivado e produzido por cada um, era trocado.
A coisa mais importante era o amor.
Quem nada produzia, quem não possuía coisas que pudessem ser trocadas por alimentos, ou utensílios, dava seu CARINHO. O CARINHO era simbolizado por um floquinho de algodão. Muitas vezes, era normal que as pessoas trocassem floquinhos sem querer nada em troca. As pessoas davam seu CARINHO pois sabiam que receberiam
outros num outro momento ou outro dia.
Um dia, uma mulher muito má, que vivia fora da aldeia, convenceu um pequeno garoto a não mais dar seus floquinhos. Desta forma, ele seria a pessoa mais rica da cidade e teria o que quisesse. Iludido pelas palavras da malvada, o menino, que era uma das pessoas mais populares e queridas da aldeia, passou a juntar CARINHOS e em pouquíssimo tempo sua casa estava repleta de floquinhos, ficando até difícil de circular dentro dela. Daí então, quando a cidade já estava
praticamente sem floquinhos, as pessoas começaram a guardar
o pouco CARINHO que tinham e toda a HARMONIA da cidade
desapareceu. Surgiram a GANÂNCIA, a DESCONFIANÇA, o primeiro
ROUBO, ÓDIO,  DISCÓRDIA, as pessoas se XINGARAM pela primeira
vez e passaram IGNORAR-SE pelas ruas. Como era o mais querido
da cidade, o garoto foi o primeiro a sentir-se TRISTE e SOZINHO,
o que o fez procurar a velha para perguntar-lhe e dizer-lhe se aquilo fazia parte da riqueza que ele acumularia.
Não a encontrando mais, ele tomou uma decisão. Pegou uma grande
carriola, colocou todos os seus floquinhos em cima e caminhou por
toda a cidade distribuindo aleatoriamente seu CARINHO.
A todos que dava CARINHO, apenas dizia: Obrigado por receber meu
carinho. Assim, sem medo de acabar com seus floquinhos, ele distribuiu até o último CARINHO sem receber um só de volta.
Sem que tivesse tempo de sentir-se sozinho e triste novamente,
alguém caminhou até ele e lhe deu CARINHO.
Um outro fez o mesmo...Mais outro... e outro...
até que definitivamente a aldeia voltou ao normal.

MORAL DA ESTÓRIA:

Nunca devemos fazer as coisas pensando em receber em troca.
Mas devemos fazer sempre. Lembrar que os outros existem é
muito importante. Muito mais importante do que cobrar dos outros que se lembrem de você, pois sentimento sincero nos é oferecido espontaneamente, e assim saberemos quem realmente nos ama.
Aqueles que te quiserem bem se lembrarão de você.
Receber sem cobrar é mais verdadeiro.
Receber CARINHO é muito bom. E o simples gesto de lembrar
que alguém existe a forma mais simples de fazê-lo.
Estes são os meus floquinhos para: VOCÊ !!!
          

Em seguida, entreguei a elas a lembrancinha do dia:
Resultado: elas sentiram-se muito bem acolhidas e felizes!! 


Para lembrarmos, e comemorarmos a Páscoa, preparei estas cestinhas de bombons, ficaram uma graça, elas amaram.










Para meus aluninhos fiz estes ovinhos, com o coelhinho e atrás amarrei um ovo de páscoa. Foi alegria geral:








Já outro dia, fiz este cartãozinho... a florzinha minhã irmã quem pintou, ficou um charme, coloquei docinhos depois em um saquinho, pronto quer coisinha mais simples e carinhosa?




E continuando o trabalho... as meninas se empenharam na realização da oficina do camelo.Elas trabalharam cada qual com um animal diferente... o resultado não poderia ter sido melhor...




















 Dizem que eu gosto de contar histórias... mas trabalhei a oficina Asa de Papel... minhas queridas cursistas deram uma brilhante demonstração de sua habilidade em produção de texto confeccionando belas histórias...



 Este sorriso não tem preço...









Foi muito divertido... amei as histórias meninas... logo tem mais. Aguardem!!!